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Publicação
do site www.tedioo.com
DESCUBRA PORQUE ELE É O HOMEM MAIS PROCURADO DO MUNDO!
Talvez
esse jeito que lhe transparece tenha sido o motor para que ele se
denunciasse um dos maiores programas confidenciais de inteligência
americana. Aos 29 anos, Snowden acendeu a chama de um debate
importantíssimo sobre o equilíbrio entre segurança nacional e
privacidade no mundo moderno.
Antes
de trabalhar pelos últimos quatro anos, da NSA, foi assistente
técnico para a CIA (Agência Central de Inteligência) Em qualquer
lugar do mundo, funcionários de agências de inteligência são
obrigados a assinar uma série de contratos que garantem,
juridicamente, o segredo dessas informações. Neste impasse entre o
que era certo para o governo ou o que era melhor para a população,
Snowden optou pelo segundo. Desde então, largou tudo e partiu para
Hong Kong, onde teria o mínimo de segurança para liberar os
documentos sem ser capturado quase que imediatamente pela polícia.
Entre eles, uma apresentação de slides que servia para treinar
novos oficiais a lidar com o software de rastreamento, dava todos os
detalhes do alcance e dimensão do PRISM.
Depois
da reportagem dada com exclusividade ao jornal britânico The
Guardian, Snowden se mandou mais uma vez, primeiro com destino à
Rússia, depois, ninguém sabe. O governo norte-americano chegou a
fazer um pedido formal de extradição a qualquer país que saiba de
seu paradeiro.
Certo
é que ele está em busca de asilo político e o Equador já
sinalizou interesse. O país já dá proteção ao australiano Julian
Assange, idealizador da Wikileaks, organização sem fins lucrativos
que publica documentos, fotos e informações vazadas de governos ou
empresas sobre assuntos confidenciais, polêmicos e/ou de interesse
público. Com tudo caminhando para que os dois grandes procurados da
Casa Branca permaneçam sob custódia dos sulamericanos, o presidente
equatoriano, Rafael Correa, já indicou que não aceitará pressões,
abdicando, inclusive, de benefícios tarifários dados pelos EUA pela
campanha antidrogas instaurada no país.
A
história de Snowden e Assange tem, inclusive, algumas semelhanças,
além do fato de representarem inimigos de estado para os EUA. Ambos
querem ser trazidos a qualquer custo pelo governo norte-americano
para que sejam “julgados como manda o rigor da lei”, despertaram
o ódio de políticos e autoridades poderosas do país e lutam a
favor dos direitos de liberdade de expressão, informação e contra
os abusos de grandes figurões do cenário global. A diferença é
que Snowden se aproxima mais da figura de Bradley Manning, fonte das
denúncias sobre o governo ao Wikileaks. O papel de Assange, de
disseminar a informação, ficou com o jornalista Glenn Greenwald, do
Guardian, a quem Snowden revelou o segredo.
O
soldado informante do Wikileaks está preso desde 2010. Ele aguarda
julgamento, com risco de ser condenado à prisão perpétua. Para a
justiça americana, o caso de Snowden é ainda mais grave. As
informações liberadas por ele estão no mais alto grau de
confidencialidade, o chamado “Top Secret”, enquanto a pesada pena
de Manning pode vir por um “crime” bem mais leve.
Na
última década, depois dos atentados de 11 de setembro, o sistema
judiciário dos EUA ganhou o costume de passar leis com enfoque em
segurança pública, que rivalizam com a proteção de dados pessoais
na internet. O que se vê, é um esforço político para que se
flexibilize e possibilite esse monitoramento geral e irrestrito, algo
que fere o direito à privacidade previsto nos Direitos Humanos.
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