Compasso e Esquadro

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sábado, 7 de junho de 2014

USA e o erro estratégico na Alca que o levará ao isolamento e fracasso.

Por José da Mota.
mundoeducação.com
Por José da Mota.
Os Estados Unidos da América do Norte perdem a maior e mais rápida arrancada para se tornar o país geopoliticamente mais forte e seguro do Planeta juntamente com seus novos aliados, dependendo de sua diplomacia e avanços sociais para conquistá-los.
A união das Américas transforma o nosso continente no maior e mais seguro deles, com uma área de aproximadamente 42.549.000 Km² e uma população estimada em 953,6 milhões. Ganhando da China em extensão territorial que é de 9.596,961 Km² e perdendo em população que é de 1.388.612.962 habitantes com PIB per capita de US$ 37,777 mil.

Também, a China, perdendo para uma minoria de países Americanos juntos, como por exemplo: Canadá US$ 51,689 mil, EUA US$ 53.101 mil, Venezuela US$ 12.472 mil, Brasil US$ 11.310 mil, Panamá US$ 10,838 mil, México US$ 10,829 mil, Costa Rica US$ 10432 mil, Colômbia US$ 8,097 mil, com renda per capita de US$ 168.768 quase cinco vezes maior do que a da China. Que tem um PIB de quase ou mais que US$ 10,27 trilhões (estimativa 2014).
Mas se somarmos o PIB dos EUA US$ 17,528 trilhões (estimativa 2014) mais do Brasil US$ 2,215 trilhões (estimativa 2014) mais do Canadá US$ 1,768 trilhões (estimativa 2014) somamos US$ 21,511 trilhões e teremos mais do que o dobro do PIB da China. (os dados aqui apresentados são extra-oficiais pesquisados também no site Economia Terra. E aqui exclui os dados do México que é integrante da América do Norte.
portuguese.recife.usconsulate.gov
É a Alca (o maior bloco econômico do planeta) que os Estados Unidos, ou seus inimigos, boicotaram, ao impedir o ingresso de Cuba nesta aliança, como se Cuba não fosse adaptar-se ao modelo de todos os países do Continente Americano para um livre comércio e principalmente em um avanço tecnológico.
Para um entendimento mais aprofundado vou publicar um artigo do site Brasil Escola de Júlio César Lázaro da Silva sobre Geopolítica:
A geopolítica pode ser considerada uma ciência intimamente relacionada com o saber estratégico, ou seja, quando um Estado-nação se propõe a conhecer um determinado território que considera fundamental para a afirmação dos seus interesses soberanos.

brasilsoberanoelivre.blogspot.com
Normalmente, geopolítica é uma palavra associada aos assuntos que envolvem relações internacionais, acordos diplomáticos e toda espécie de conflito entre países, culturas ou disputas territoriais. É muito comum as pessoas entenderem geopolítica com uma síntese dos acontecimentos atuais de nossa sociedade. Essas definições estão muito vinculadas aos meios de comunicação, mas o conceito de geopolítica e a sua distinção em relação à geografia política ainda é motivo de debates entre cientistas sociais de diversas áreas de conhecimento.

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De fato, o conceito de geopolítica começou a ser desenvolvido a partir da segunda metade do século XIX por conta da redefinição de fronteiras na Europa e do expansionismo das nações europeias, o que ficou conhecido como imperialismo ou ainda neocolonialismo. Podemos destacar as análises realizadas pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), responsável pela criação do determinismo geográfico e da Teoria do Espaço Vital. Num cenário político de unificação da Alemanha, em contraponto ao expansionismo já consolidado de Rússia, Inglaterra, França e até mesmo dos Estados Unidos, Ratzel ajudou a criar uma Geografia Alemã que se prontificou em justificar as conquistas territoriais da Alemanha.

Para Ratzel, a dominação plena de um determinado território caracterizaria o Estado. Dessa forma, o saber geopolítico apontaria para o Estado como centralizador de decisões estratégicas, o que legitimou as ações imperialistas da Alemanha, como pode ser observado nas disputas que originaram as duas grandes guerras e, em parte, nos preceitos utilizados pelo nazismo.

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Em oposição aos postulados de Ratzel, podemos citar o geógrafo francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918), que criou outra abordagem, conhecida como possibilismo. Ao final do século XIX a França ainda não tinha um conhecimento geográfico estabelecido e, com receio das pretensões alemãs, o Estado francês entregou a La Blache a responsabilidade de criar uma Geografia Francesa. Segundo La Blache, o espaço geográfico não deveria ser o único objetivo de uma nação, pois seria preciso considerar o tempo histórico, as ações humanas e demais interações, o que na verdade acabou lançando as bases para uma geografia regional. Assim, a soberania sobre um território estaria vinculada ao conhecimento regional, como a compreensão das formas de relevo, aspectos climáticos, economia, população entre outros.

brics.ped.com.br
Dentro desse contexto podemos também citar o geógrafo britânico Halford Mackinder (1861-1947), que publicou no ano de 1904 o ensaio "O Pivô Geográfico da História”, que destacava o poder das conquistas territoriais continentais, apresentando uma maior preocupação com a ocupação da Europa Centro-Oriental, até porque os transportes terrestres começavam a favorecer a interiorização das ocupações, mudando um pouco as estratégias que até então depositavam maior importância nas conquistas marítimas.

Mas foi o jurista sueco Rudolf Kjellén (1864-1922), seguidor das ideias de Ratzel, quem criou o termo geopolítica no ano de 1916, procurando estabelecer relações entre os acontecimentos políticos e os aspectos geográficos. Cabe ressaltar que, nos dias atuais, a geopolítica é considerada como uma frente teórica que compreende o território e as suas nuances políticas, não apenas no plano externo como também nas questões internas a um determinado Estado-nação.

O período conhecido como Guerra Fria expressou muitos dos princípios da geopolítica, pois envolveu uma grande disputa ideológica e territorial entre duas potências, a União Soviética e os Estados Unidos, com grande ênfase no papel do Estado no que tange às decisões estratégicas e na definição de valores e padrões sociais.

Com o final da Guerra Fria, as maiores discussões geopolíticas correspondem ao combate ao terrorismo, à questão nuclear, às redefinições de fronteiras nos países africanos e do Oriente Médio e até mesmo aos problemas socioambientais. Algumas problemáticas como o aumento do alcance das organizações transnacionais frente aos Estados, o crescimento econômico chinês e a formação dos blocos econômicos podem ser agrupados em uma nova ramificação teórica conhecida como geoeconomia.

Por tudo isso que foi exposto, utilizaremos este canal de geopolítica não apenas para apresentar alguns dos temas atuais e os principais conflitos internacionais, mas contextualizar esses acontecimentos de forma crítica e engajada com teorias científicas.


Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP
Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista - UNESP

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